Coelho
O Coelho era classificado na ordem Roedores, porém após descobertas fósseis, passou a ser classificado na ordem Lagomorfo (Lagomorpha).
É um caso de evolução convergente de espécies.
Índice
Os Lagomorfos[editar]
A Ordem Lagomorfo compreende a família Ocotonídeos (Ochotonidae), que são os Ocotonas ou Picas, com 14 espécies;
E a família Leporideos (Leporidae), que compreende as espécies de lebres, coelhos e tapitis (denominação para os coelhos brasileiros), sendo 9 gêneros e 49 espécies.
São animais de porte médio. Os Lagomorfos se diferenciam dos Roedores por aqueles possuirem, no maxilar superior dois pares de incisivos e os Roedores possuirem um par.
família Ocotonídeos[editar]
São os coelhos primitivos, com 14 espécies, duas vivendo na América do Norte e 12 vivendo na Eurásia.
Apresentam orelhas pequenas, possuem patas curtas e pequena cauda. Ativos só durante o dia pois vivem em lugares rochosos íngremes porém fáceis de se refugiarem.
Na América do Norte é chamado de Pica ou Pica-das-montanhas.
Na Europa são encontrados o Pica-alpino e o Pica-dos-Urais.
Na Ásia são encontrados o Pica-anão, o Pica-da-Mongólia e o Pica mais famoso que vive no Himalaia.
Os Pikas à exceção de outros Lagomorfos, emitem algum som. Fonte: http://www.cmiae.org/Resources/trek-pika.php
família Leporídeos Lepus[editar]
Ao contrário dos Picas cuja evolução estacionou, os Leporídeos ainda estão evoluindo.
Distinguem-se duas espécies: as Lebres e os Coelhos.
As principais diferenças entre eles são que as Lebres nascem em ninhos ao ar livre; nascem cobertos de pelos; com olhos abertos e se movem ativamente poucos minutos após nascer.
As Lebres têm o corpo e as orelhas maiores que o Coelho e apresentam patas dianteiras mais longas. Vivem isoladas.
Os Coelhos nascem em tocas; nascem sem pelos; cegos e dependentes da mãe. São animais gregários. O mais famoso Coelho é o da América do Norte, chamado Rabo-de-Algodão, pois é o personagem de fábulas, livros infantis e desenhos animados. O Coelho-selvagem europeu, chamado Coelho-bravo é nativo do norte da África. Apresentam uma mancha avermelhada na nuca. Adoram cavar buracos.
Do Coelho-bravo, origina-se a veriedade de espécies criadas para o uso comercial e para animal de estimação.
Frases com temática envolvendo esses belos animais[editar]
- "Acoelhar" (*) = verbo transitivo direto; Intimidar-se, amedrontar-se. Exemplos: "Eles acoelharam-se embaixo da cama." "Não podemos nos acoelhar."
- “Levar gato por lebre” = Ser enganado; um consumidor pensando levar vantagem, adquire um bem com qualidade inferior ao anunciado.
- “Levantar a lebre” = Apresentar uma questão.
- “Matar dois coelhos com uma cajadada" (**) = Obter dois benefícios com um esforço.
- “Ter dente de coelho” = Um fato apresentado com algum mistério e/ou deixando dúvidas.
- “Neste mato tem coelho” = Algo que não foi explicado razoavelmente.
(*) Esse termo foi dito em um comício político no dia 26 de agosto de 2010, publicado em reportagem de jornal. Impressiona como a política é criadora de neologismos, tal como aquela nova palavra "imexível". Vivendo e aprendendo —ou desaprendendo—.
(**) Se você é um Coelho e ficou ofendido com a frase, recomenda-se nunca reagir ao ouvir isso de alguém, mesmo se a frase for proferida para provocação. Seja diplomata —O coelho é um grande diplomata, segundo o Horóscopo Chinês— e leve numa boa, são apenas palavras. ^=Y=^
Coelho na História[editar]
- Os 400 Coelhos dos Aztecas
Na América Central pré-Colombiana, houve um alegre grupo de Deidades Aztecas conhecido como o Centzon Totochtin, ou “400 Coelhos [bêbados]”.
Estes coelhos representam inúmeras formas de intoxicação alcoólica e foram de tal modo importantes que os Aztecas dedicaram-lhes uma sala em seu principal templo em Tenochtitlan (hoje Cidade do México).
O Rei dessas Deidades é Ometochtli, ou “Dois Coelhos”.
- Símbolo misterioso das “Três Lebres”
Existe um misterioso Símbolo sagrado que é encontrado em diferentes sítios históricos e arqueológicos em todo o mundo.
O Símbolo consiste em representações de três lebres perseguindo-se mutuamente, com as orelhas unidas em triângulo. Visto em igrejas medievais britânicas, artefatos mogóis do século XIII e templos da China da dinastia Sui dos séculos VI e VII.
Académicos estão desde há muito intrigados com o uso deste Símbolo entre cristãos, islâmicos e budistas, culturas separadas por grandes distâncias e épocas.
A constelação da Lebre[editar]
A Constelação da Lebre fica ao sul do Equador celeste, facilmente identificado por ficar abaixo da constelação de Órion.
Foram os gregos quem imaginaram o traçado dessa constelação, sendo uma das antigas 48 constelações de Ptolomeu.
Entretanto os árabes acreditavam que as quatro estrelas mais brilhantes em Lepus representam quatro camelos que bebem água do rio Eridanus, uma constelação adjacente. Os egípcios acreditavam ser Lepus o barco de Osiris.
É composta pelas estrelas principais:
- Alpha α Lepus ou Arneb — (05h30,5´ –17°51´). Magnitude 2.6
- Beta β Lepus ou Nihal — (05h26,1´ –20°48´). Magnitude 2.8
- Gamma γ Lepus — (05h42,4´ –22°28´). Magnitude 3.6
- Delta δ Lepus — Magnitude 3.8
- R Lepus, Hind's Crimson star — (04h57,3´ –14°53´). É uma estrela variável.
Fontes[editar]
- Material inspirado na Enciclopédia “Zoo — O Fantástico Mundo Animal”,
Rio Gráfica e Editora, 1982, Páginas 107 ~ 112
- “Grande Enciclopédia Larousse Cultural — Em 8 Volumes”, Editora Universo Ltda., 1988
- http://www.godchecker.com/pantheon/aztec-mythology.php?deity=CENTZON-TOTOCHTIN
- http://starryskies.com/The_sky/constellations/lepus.html
- Programa “Starry Night” 5.8.2